A data 25 de julho marca o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, que foi instituída em 1992 durante o 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, na República Dominicana. No Brasil, a data também homenageia Tereza de Benguela, líder quilombola que se tornou símbolo de resistência negra.
Por que o dia da mulher negra importa?
As mulheres negras são 66% das vítimas de feminicídio no Brasil segundo dados do Atlas da Violência (2023). A data não é apenas uma celebração, mas reforça que a luta antirracista e feminista precisa ser diária, coletiva e incansável.
No mercado de trabalho, as mulheres negras são as mais afetadas, pois predominam nos empregos informais, no desemprego e recebem os menores salários.
Dados da PNAD Contínua (IBGE) do 4º trimestre de 2023 mostram que 41% das mulheres em trabalhos informais são negras, contra 31% de não negras. Além disso, 67% das trabalhadoras domésticas, categoria onde mulheres representam 91% da força de trabalho, são negras.
São as mulheres que, historicamente, também são submetidas à função de manutenção do núcleo familiar e, dessa forma, acumulam papéis que as deixam sobrecarregadas: acúmulo de tarefas domésticas, cobrança pelo cuidado com os filhos, além do cuidado com o parceiro.
Com informações da CUT