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O povo envia seu recado para Temer: golpista não governa em paz

                                                     

Após o Senado Federal consumar o golpe que retirou a presidenta Dilma Rousseff (PT) da presidência da República, as ruas de todo o País passaram a ser tomadas por manifestantes. Na boca de cada brasileira e brasileiro que foi protestar, um grito comum: “Fora Temer”.

Com o resultado do julgamento proclamado no Senado, Dilma discursou no Palácio da Alvorada e deu o tom do que deve ser a vida política brasileira no próximo período. "Ouçam bem: eles pensam que nos venceram, mas estão enganados. Sei que todos vamos lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer”, afirmou a presidenta eleita por 54 milhões de brasileiros.

Por todo o País, o espírito era o mesmo. Ao menos dez estados registraram atos: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraná e Pará. Diversas manifestações foram interrompidas com violência pela Polícia Militar, que parece já incorporar os valores de Michel Temer.

Em Brasília, centenas de manifestantes se concentraram na frente do Palácio do Alvorada logo após o golpe ser consumado. “Dilma, estamos com você. Resista, guerreira”, gritava Lucineide Martins, cabelereira que veio de Palmas para “apoiar a Dilma e mostrar para o Temer que os pobres não estão com ele”. Mais tarde, cerca de mil pessoas caminharam pelo Eixo Monumental até o Palácio da Justiça. Quando estavam na N1, a PM repreendeu o ato com spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo.

A PM transformou as ruas do centro de São Paulo em uma enorme praça de guerra. Os manifestantes se tornaram alvo fácil para as bombas dos policiais, que cercavam os grupos nas esquinas. As milhares de pessoas desciam a avenida da Consolação pacificamente quando a PM atacou o ato.

No Rio de Janeiro, uma manifestação partiu da Candelária após às 19h30 e começou a caminhar pelo centro. Ao menos três mil pessoas repetiam o mantra que há pelo menos três meses toma conta do País: “Fora Temer.”

Escrito por: Igor Carvalho 

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