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BANCÁRIOS NA CAIXA LUTAM POR DIREITOS E FIM DA PRECARIZAÇÃO

Paraíba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e SP se mobilizam em defesa dos bancos públicos.

Na última terça (15) bancários se mobilizaram para exigir da Caixa Econômica Federal mais respeito aos direitos dos trabalhadores e o fim da precarização das condições de trabalho no Dia Nacional de Luta em defesa do emprego e dos bancos públicos.

Na Paraíba, o Sindicato dos Bancários (Seeb-PB),  realizou em frente à agência Epitácio Pessoa, um protesto, que percorreu também outras agências do banco público, da grande João Pessoa. O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves se lembrou de um dos fatores que colocam em risco o emprego bancário. “Os bancos estão investindo fortemente em alta tecnologia, através das agências digitais, que funcionam sem a presença do bancário, provocando uma onda de demissões, como já vimos em outras profissões, onde o saldo é a redução de empregos e o acúmulo dos lucros”.

No Rio de Janeiro, dos funcionários da Caixa Econômica Federal em Campos dos Goytacazesla passeata e ato público aconteceram no centro financeiro da cidade. Promovidos pelo Sindicato dos Bancários, o protesto foi também contra as reformas do governo Temer e suas consequências para a classe trabalhadora. Juntaram-se ao movimento da categoria os servidores estaduais da Faetec, instituição que reúne escolas técnicas. A greve em virtude do atraso nos salários e do desmonte causado pela falta de investimentos por parte do governo Luiz Fernando Pezão.“O que está acontecendo com a Caixa é muito grave. Querem entregar nosso patrimônio, o patrimônio do povo brasileiro, de mãos beijadas ao grande capital, à custa da precarização das condições de trabalho dos funcionários e do risco de extinção de programas sociais. A mobilização tem sido permanente e vamos continuar levando para as ruas nossa indignação e nossa luta”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Bancários no Rio de Janeiro, Fábio Rangel.

Na capital do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, os trabalhadores na caixa também se mobilizaram em defesa do banco 100% público e de seus direitos. Na Praça da Alfândega, em frente ao Edifício Sede Querência, eles mostraram garra e disposição para resistir e enfrentar os ataques do governo ilegítimo de Michel Temer. O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, exaltou a importância da Caixa como banco público para atender as necessidades de quem mais precisa. Políticas públicas de saneamento, casa própria e bolsa família são programas públicos ameaçados pela estratégia nociva dos golpistas. 

“Se tivéssemos um governo sério, estaríamos lutando para fortalecer os bancos públicos. Essa é a lógica de um governo que acha que a população não precisa de banco público. É só o interesse do mercado. É uma lógica dos governos estadual e federal acabar com os bancos públicos. Estamos defendendo o futuro do país”, disse Gimenis.

Em São Paulo, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE) cobrou da direção do banco que respeite os bancários, revogando uma série de medidas que os prejudicam e que resultam na diminuição da instituição e de seu papel social como banco público. A mesa de negociação permanente foi nesta terça-feira 15, em Brasília.

Dirigentes percorreram unidades do banco e as Giret (Gestão de Retaguarda), conversando com empregados e distribuindo carta aberta em defesa dos direitos dos trabalhadores e do banco público, ameaçado pelo governo Temer, com redução de programas sociais, cortes de postos de trabalho e fechamento de agências e áreas estratégicas. A mobilização também aconteceu nas redes sociais com #CaixaRespeiteoEmpregado.

“Deixamos claro que qualquer ‘intenção de negociar’ deve partir da atitude do banco em retirar a classificação de ‘falta injustificada’ e substituí-la por ‘falta greve’”, informa o coordenador da CEE e diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Dionísio Reis.

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