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RS: EDUCADORES EM GREVE PROTESTAM EM FRENTE AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA CONTRA PARCELAMENTO DE SALÁRIOS

Sexta-feira, 29, tem protesto da educação e ato unificado dos servidores públicos.

Centenas de professores estaduais realizaram, na manhã desta terça-feira (26), mais um ato de protesto que faz parte do calendário de greve da categoria. Os educadores se concentraram a partir das 8h, em frente à sede do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, na Avenida Borges de Medeiros, para depois saírem em caminhada até a Praça da Matriz, entre o Palácio Piratini e a Assembleia Legislativa.

A concentração em frente ao Tribunal, de acordo com o Cpers/Sindicato, ocorreu porque já faz mais de um ano desde que o TJ determinou que o governo Sartori deveria pagar em dia os salários de professores da rede pública estadual, no dia 5 de setembro de 2016. “E até agora o governo continua parcelando”, protestou a presidente do Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, em um carro de som. “Queremos saber se há alguma projeção de julgamento das questões que ainda estão pendentes”, disse.

O protesto, que depois seguiu até o Piratini – onde havia policiais da Tropa de Choque nas portas do prédio, assim como no ato anterior –, ocorre um dia depois do anúncio, por parte do governador José Ivo Sartori (PMDB), na manhã da segunda-feira (25), de que o Estado pagará primeiro os salários de servidores que recebem menos. A posição do Cpers, entretanto, é de que o governo não garantiu o fim do parcelamento.

Trata-se, para o Sindicato, de “integralizar” – o que não significa o fim dos atrasos. “O que Sartori quer, na verdade, é dividir a categoria e enfraquecer a greve, que não para de crescer em todo o Rio Grande do Sul. Nossa miséria salarial mostra a necessidade da reposição da inflação, pois já somos submetidos a uma defasagem salarial que chega a 82,42%. Não vamos admitir que os parcelamentos continuem!”, apontou a entidade em uma nota divulgada ainda ontem pelo Comando de Greve.

Um grupo de professores acompanhou, no final da manhã, o lançamento de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembleia Legislativa, que trata do parcelamento dos salários, proposta pelas bancadas de oposição ao governo. “O objetivo é fazer com que Sartori abra a caixa preta do governo e mostre para onde vão os recursos”, salienta o Cpers.

Pressão obriga governo a recuar e fazer concessões

A pressão dos educadores, através da greve, das manifestações, da realização dos Boletins de Ocorrência e da ação coletiva do Sindicato, já julgada procedente, fez com que o governo Sartori encaminhasse a Assembleia Legislativa, em regime de urgência, na tarde desta terça-feira (26), um projeto que estabelece a indenização aos servidores por conta do atraso dos salários e do 13º.

O governo promete que, assim que o projeto for aprovado pela Assembleia, irá pagar as indenizações desde o primeiro parcelamento, ocorrido em 2015. 

Os professores e funcionários de escola também pressionaram os deputados contra o Projeto de Lei – PL 148, que prevê o fim da cedência dos servidores para os sindicatos. Mais uma vez, a força da manifestação dos educadores deu resultado, pois os deputados retiraram o quorum, o que impediu a votação do projeto.

Sartori paga de forma parcelada a remuneração dos educadores e demais servidores, consecutivamente, desde fevereiro de 2016. Em agosto deste ano, depositou a menor parcela: R$ 350,00. Foi a gota d`água para os educadores decretarem a greve da categoria, que mantém-se forte e com crescente adesão dia após dia, desde o dia 5 de agosto

“Esta é a prova de que a nossa Greve está fazendo o governo recuar. Vamos continuar mobilizados, visitando escolas e reforçando ainda mais a nossa greve”, destacou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

Manifestação na sexta-feira, 29

Na sexta-feira, dia 29, o CPERS Sindicato convocou trabalhadoras e trabalhadores da Educação a participarem da Assembleia de Mobilização, às 8h30, no Gigantinho. Logo após, haverá um grande ato unificado dos servidores, unindo ainda mais todas as categorias, no Largo Glênio Peres.

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