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CUT-SE monta calendário de luta para 2016

Luta contra reforma trabalhista e previdenciária também demandam ágil e forte mobilização.

Análise de Conjuntura local, nacional e internacional marcou o início do Planejamento da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), realizado nos dias 26 e 27 de fevereiro, com a participação do secretário da direção executiva nacional da CUT, Ismael César e o assessor da secretaria geral da CUT, Fernando Franzoi.

Vários sindicatos discutiram os rumos e atuação da central sindical para o ano de 2016, entre eles, o SINDISLUZI, SINDIJUS, SINDITABI, SINDISERVE MACAMBIRA, SINDTIC/SE, SINDOMESTICO, SINTESE, SINDIJOR, SINDISERVE POÇO VERDE, SINDITEXTIL, SINDISAN, SINDIPEMA, SINDISERVE GLÓRIA, SINDISERVE SOCORRO, SINERGIA, SINDIPREV, SINDASSE e SINDIAMPARO.

O companheiro Ismael César da Executiva Nacional apresentou o calendário nacional de lutas num esboço de como será a luta sindical travada neste semestre em curso. No dia 31 de março o movimento sindical ocupará Brasília num grande ato em defesa da Petrobras para o povo brasileiro e em repúdio à política econômica do Governo Federal, 8/3 atos e debates sobre a PLC 30, no dia 7/4, defesa da saúde e do SUS, início das jornadas de abril: 17/4 pela reforma agrária, 28/4 dia de luta contra o trabalho escravo, 29/4 dia de luta em memória dos professores do Paraná espancados e gravemente feridos durante a greve, de 28 a 30/4 haverá o Tribunal Internacional que julga os crimes da Vale Samarco.

Todas as dificuldades do cenário político marcado por grandes perdas recentes, a exemplo da exclusividade da Petrobras para exploração do pré-sal tiveram destaque na análise de conjuntura. Outra frente de luta necessária e urgente é a mobilização contra o PLS 555, que põe em risco o futuro de todas as estatais brasileiras, em âmbito nacional, federal e municipal. O projeto que propõe a privatização através da abertura de capital de todas as empresas públicas já tramita no Senado e pode ser posto em votação e aprovado a qualquer momento. A luta contra reforma trabalhista e a reforma previdenciária também demandam ágil e forte mobilização.

No cenário estadual, lideranças da CUT apontaram desafios igualmente difíceis de vencer, a intransigência do Governo do Estado que tem optado por atacar sindicatos, atrasar e parcelar salários dos trabalhadores. Apesar do ano de 2015 ter sido marcado por grandes mobilizações e greves fortes, houve perdas salariais parciais para todas as categorias. A decretação de ilegalidade das greves pelo Judiciário atrapalhou a mobilização dos trabalhadores. A luta pela democratização do Judiciário ganhou mais força e visibilidade, conquistando um desgaste maior aos membros do Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas – todos beneficiados com Auxílios Moradia, apesar de toda reprovação e desgaste público.

Vice-presidente da CUT/SE, Plínio Pugliesi destacou a resolução do TCE que proíbe as Prefeituras em atraso no pagamento de salário dos trabalhadores de realizarem festas como uma conquista do SINTESE, FETAM e CUT/SE.

Diretora de Comunicação da CUT/SE e dirigente do SINDIJOR, Caroline Santos ressaltou que o Governo do Estado e os órgãos fiscalizadores não discutem a gestão do fundo estadual de previdência antes de 2007.  “O cenário é desanimador. No Governo do Estado, só quem recebe o salário mínimo teve reajuste, os demais trabalhadores estão sem reajuste desde 2012. Os órgãos de fiscalização não estão vendo isso? Os aposentados não recebem seu salário em dia, e o Governo justifica que há um déficit no Fundo de Previdência, mas na verdade o problema é o ‘rombo’ criado por Governos anteriores, a população já está pagando por isso, e os causadores deste problema não serão responsabilizados?”.

No sábado foi definido que a CUT/SE vai priorizar a luta por transparência e pela redução de cargos comissionados na gestão pública, o combate ao assédio moral, à discriminação das mulheres e à terceirização ilimitada.

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