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Saúde se une por SUS democrático e contra o golpe

Com presença de ex-ministros Padilha e Chioro, entidades do setor lançam manifesto.

Na noite da última quarta-feira (6), centenas de profissionais da área da Saúde ajudaram a encher o auditório da Faculdade de Saúde Pública, em São Paulo. Com a presença dos ex-ministros da Saúde, Alexandre Padilha e Arthur Chioro, o evento serviu para o lançamento do manifesto “A Saúde em defesa da democracia – Não ao golpe.”

A CUT foi representada por Juliana Salles, médica e integrante da Executiva Nacional da Central, que alertou para os riscos de um golpe para a área da Saúde. “O SUS é a tradução de democracia, uma conquista histórica do povo brasileiro, e que está sofrendo constantes ataques daqueles que querem privatizá-lo e que querem terceirizar todas as atividades. Não vai ter golpe, vai ter edital de contratação. Não vai ter golpe, vai ter investimento no SUS”, vaticinou a dirigente cutista.

Representantes de algumas das 19 entidades que assinam o manifesto foram chamadas ao palco. Gervásio Foganholi, presidente do Sindsaúde-SP, conclamou a categoria para que siga na rua lutando. “Nós seguimos sendo resistência ao golpe e vamos redobrar a atenção nessas semanas que antecedem a votação do impeachment. Se esse golpe acontecer, vamos ver a criminalização dos movimentos sociais e entidades da Saúde”, alertou o dirigente sindical.

O ex-ministro Alexandre Padilha, atual secretário municipal de Saúde, também falou sobre a votação do impeachment. “Nós vamos acampar na frente do Congresso Nacional, dando conforto para que os parlamentares possam exercer seu voto pela democracia com tranquilidade.”

Ovacionado pelos trabalhadores e trabalhadoras, que pediam sua volta ao Ministério da Saúde, o ex-ministro Chioro lembrou que a defesa da democracia une até os que não elegeram a presidenta Dilma Rousseff. “Nem todos aqui votaram no PT na última eleição, mas todos compreendem a gravidade do momento que vivemos. Nós sabemos que desde 2003 há uma conspiração contra os nossos acertos.”

Porém, Chioro aproveitou o evento para fazer um mea culpa em nome do PT. “Estamos pagando um preço alto pelo que não fizemos, e destaco a regulação dos meios de comunicação como algo que devíamos ter feito”, ponderou o ex-ministro, muito aplaudido pela lembrança.

Padilha se despediu da plateia pedindo paciência e lembrando da função do SUS. “Amanhã, cada paciente que entrar em nosso consultório é um motivo a mais para celebrar a democracia. Independente de sua escolha política”, encerrou.

 

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