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No 1º de Maio da CUT, artistas repudiam golpistas

100 mil pessoas foram ao Vale do Anhangabaú, na capital paulista, prestigiar o 1° de Maio da CUT

São Paulo - Cerca de 100 mil pessoas participaram do 1° de Maio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Além do ato político que contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff, vários artistas que são contra o golpe mostraram qual lado da história pertencem.

Do hip hop ao samba, foram os diferentes gêneros musicais que deram corpo à celebração do dia do trabalhador. Por mais de quatro horas de shows, passaram pelo palco Luana Hansen, Detonautas, Beth Carvalho, Martinho da Vila, Banda Pequeno Cidadão e Chico César.

Mulher negra e lésbica, Luana foi a primeira artista a se apresentar e levou para o público a presença feminina no rap. Ela criticou a tentativa de golpe contra Dilma. “A senzala vai tomar conta e a Casa Grande vai entrar em choque. Vem pra rua e larga essa panela. O pré-sal é nosso e que se exploda o José Serra”.

Durante sua participação, Luana ressaltou a importância da mulher no hip hop e criticou o machismo dentro do movimento. “Eu luto pela mulher no hip hop, que é ainda um segmento machista. Tem muita mulher fazendo rap e elas devem ser respeitadas”.

Foi aos gritos de “fora Cunha e fora Temer” que a banda Detonautas iniciou sua apresentação por volta das 17h. O músico e ativista Tico Santa Cruz, que tem se pronunciado contra o impedimento da presidenta, fez duras criticas aos golpistas que querem assumir o poder. Ele lembrou também que a população que foi pra rua contra a corrupção precisa reagir às retiradas de direitos.

“Entregar a Presidência para Temer e Cunha e dizer que está lutando contra a corrupção é no minimo ser ingênuo. É hora de mostrar quem são eles (os golpistas) e dizer que os os direitos dos trabalhadores serão cortados. Querem, inclusive, entregar as nossas riquezas como o pré-sal”, ressalta o cantor.

Para o cantor e compositor Chico César, esses direitos apontados por Tico estão ameaçados por um parlamento conservador.

“É impossível negociar direitos que já foram conquistados, eles devem ser mantidos. Esses direitos estão ameaçados por um parlamento conservador e reacionário que representa o pior da classe patronal na sua faceta mais hedionda”, opinou.

Se apresentaram também no palco da democracia e contra o golpe os cantores Martinho da Vila e Beth Carvalho. O 1° de maio da CUT deste ano vai reuniu os movimentos sociais, estudantis, de mulheres, negros, LGBT, juristas, intelectuais, artistas e todos que estão na luta contra o golpe e a retirada de direitos trabalhistas.

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