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4ª Conferência de Políticas para as Mulheres começa terça (10), em Brasília

Representantes de 26 estados e Distrito Federal estarão discutindo direitos e desafios para a vida das mulheres

"Mais direitos, participação e poder para as mulheres".

Este tema unirá mulheres de todo país na próxima terça-feira (10) em Brasília.

Mais de duas mil mulheres já estão confirmadas para participar da 4ª Conferência Nacional de Políticas para mulheres (4ª CNPM), entre elas uma delegação expressiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a única central do mundo com paridade de gênero na direção nacional da entidade.

A atividade organizada pelo governo federal tem como desafio aprofundar a democracia e assegurar a consolidação das políticas já colocadas em práticas, como a lei Maria da Penha e o Feminicídio. (lei de combate à violência contra mulher e criminalização do assassinato de mulheres consequentemente).

A Presidenta da República, Dilma Roussef, participará da abertura.

Para a secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Martins Batista, a 4ª CNPM acontecera num momento delicado, mas importante.

"A Presidenta Dilma está sendo julgada e praticamente condenada por um crime que ela não cometeu!  O fato dela ser mulher é a principal questão. A idéia é dizer: mulher não sabe administrar, não sabe governar".

Juneia também lembra que somente nos últimos 13 anos foi que os direitos das mulheres têm tido avanços e agora corre riscos com a violação à democracia.

"A 4 CNPM terá um papel fundamental na luta pela continuação e avanços destas políticas que diminuíram muito pouco a desigualdade, nós queremos mais! Nossa democracia corre riscos. Sem democracia não temos direitos para as mulheres e sem direitos para as mulheres não teremos uma democracia de fato", afirma.

A dirigente cutista também destacou que a maioria da população é mulher e também maioria no mundo do trabalho. Disse ainda que precisamos de mais mulheres na política e nos sindicatos.

"As mulheres precisam se organizar nos sindicatos para falar sobre suas pautas no mundo do trabalho. Só elas poderão lutar para diminuir as desigualdades das trabalhadora, como a igualdade salarial, creche, compartilhamento de responsabilidades familiares, entre outras. E na 4ª CNPM teremos espaço para discutir tudo isso.

A atividade, que acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, termina no próximo dia 12 e debaterá avanços relacionados aos direitos das mulheres e fará diagnóstico das conquistas obtidas nos últimos anos. Os resultados dos debates farão parte das recomendações do Plano Nacional de Políticas para mulheres (PNPM).

O processo conferêncial iniciou em Junho de 2015 e mobilizou mais de 150 mil mulheres em mais de 5 mil municípios em torno do debate.

A pluralidade típica da cultura do Brasil esteve presente em todas as etapas da 4 CNPM. Todas convergiram na defesa por mais direitos no mundo do trabalho, no enfrentamento à violência, mais participação nos espaços políticos, nas decisões, e mais poder para as mulheres.

"A participação e o empoderamento das mulheres na política e nos sindicatos é fundamental para continuarmos avançando nos direitos civis e trabalhistas", finalizou a secretária.

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